A asma é uma doença respiratória crônica, que atinge as vias aéreas inferiores, e causam chiado, falta de ar, aperto no peito, além de respiração curta e rápida. Geralmente os sintomas têm uma piora à noite, em mudanças climáticas e em vigência de infecções.
Existe controle para a asma, e o tratamento, em grande parte é realizado com corticoides inalatórios (as famosas bombinhas). Os pacientes devem usar essa medicação diariamente, conforme orientado pelo seu médico, e em caso de crise, existe um tratamento de resgate com broncodilatador que o paciente é orientado a fazer. Ainda, em caso de crise sem melhora com medicação de resgate, pode ser necessária ida ao pronto socorro ou atendimento médico em consultório.
Nesse momento, estamos em meio à uma pandemia, causada pelo Sars-CoV-2, tendo origem na cidade de Wuhan, na China, provavelmente tendo origem em morcegos. Este vírus que teve crescimento exponencial nos últimos meses, se disseminando para diversos países, inclusive o Brasil, causa dor de garganta, febre, tosse seca, cansaço, dificuldade para respirar. Cerca de 80% das pessoas se recupera da doença sem necessidade de tratamentos especiais.
No entanto, vemos que na parcela da população que precisa de tratamento de suporte, muitos fazem parte do grupo de risco, que inclui doenças prévias como hipertensão e diabetes.
Pacientes asmáticos entraram para o grupo de risco, porém é necessário explicar que esses não têm maior propensão a contrair o vírus, e sim, maior chance de precisar de tratamento de suporte, inclusive hospitalização.
Para amenizar tal situação, é muito importante o paciente asmático manter seu tratamento contínuo, para evitar crises. Muitos escutam que não se deve usar corticoide e acabam suspendendo a medicação por conta, já que as “bombinhas” têm na maior parte, corticoide em sua composição. Porém, esse corticoide é em forma inalatória, e o corticoide que devemos ter cautela é em forma oral; portanto é importante manter a medicação de rotina, e em caso de crise, seguir orientação do seu pneumologista e procurar auxílio caso não haja melhora.
Outro fator importante é que não fazendo uso da medicação adequada, o paciente pode entrar em crise de asma por falta do tratamento e então possivelmente precisar procurar um serviço de urgência ou até uma internação, ficando mais exposto ao risco de contrair o novo coronavírus.
Por isso, no momento da epidemia e após, muito importante manter o seguimento com seu pneumologista. Neste momento, o atendimento por telemedicina está liberado no Brasil, portanto caso não tenha possibilidade de consulta física, é uma alternativa para manter o seguimento.
Dra. Paula Sellan – Pediatra, Pneumologista Infantil, Nutróloga, Consultora do Sono e Consultora da Amamentação.
CRM: 157042
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